terça-feira, 1 de setembro de 2009

Mas afinal, o que é enxaqueca?

Ainda há muita confusão em torno da enxaqueca e pouca gente sabe que não é preciso sofrer tanto por causa dela

Quem nunca teve uma dor de cabeça daquelas e disse que, naquele dia, não ia fazer nada porque estava com enxaqueca? Todo mundo conhece esse tipo de cefaléia ("dor de cabeça") de tanto ouvir falar e de senti-la na pele. Mas, mesmo assim, ainda há muita confusão em torno da enxaqueca e pouca gente sabe que não é preciso sofrer tanto por causa dela.

Nem toda "dor de cabeça" é chamada enxaqueca. Existem muitas outras formas de cefaléia com causas e tratamentos completamente diferentes. Mas, então, o que é enxaqueca? É uma enfermidade muito comum e que ocorre em 4% a 6% dos homens e em 13% a 17% das mulheres. Geralmente, começa na infância, na adolescência ou no início da fase adulta e, em mais de 80% dos casos, inicia-se antes dos 30 anos. Muitos indivíduos têm história familiar, ou seja, seus parentes fazem as mesmas queixas sobre a doença.

Há várias situações que podem desencadear uma crise de enxaqueca: sono, calor, período pré-menstrual e vários alimentos. Muitas mulheres só a sentem nos dias que precedem a menstruação, e diversas pessoas associam sua enxaqueca à ingestão de chocolate, queijo, frutas cítricas, alimentos com corantes amarelos e álcool (especialmente vinho tinto).

Classicamente, a dor é hemicraniana (em um lado da cabeça), podendo, em cada episódio, mudar de lado; de característica pulsátil ou latejante, pode vir acompanhada de náuseas e vômitos. Dura até 72 horas e costuma ser muito intensa, levando pessoas a deitar-se em local longe da luz (fotofobia) e do barulho (fonobia). Alguns indivíduos apresentam sintomas diversos antes do início da dor. Os mais comuns são alterações visuais, como linhas brilhantes, "moscas" voando, ou visão turva. Outros sintomas são "formigamentos", "tonteiras", irritabilidade e aumento ou diminuição de apetite.

Por temerem um problema mais sério, como um tumor ou um aneurisma, muitas pessoas procuram ajuda médica com o objetivo de realizar uma tomografia computadorizada de crânio ou uma ressonância magnética. Na maioria das vezes, esses exames não são necessários e o diagnóstico de enxaqueca pode ser feito com uma boa conversa e o exame clínico do paciente. Entretanto, em alguns casos pode persistir alguma dúvida, portanto deve-se pedir novos exames. Outra situação comum é o paciente querer realizar um eletroencefalograma (EEG), mas está provado que o EEG não detecta o problema.

Atualmente, o tratamento da enxaqueca é feito não só durante as crises, mas também entre seus intervalos. Quanto mais cedo iniciar-se o tratamento, mais rápido as crises cessarão. Diversas medicações podem ser empregadas. As mais simples são os analgésicos e os antiinflamatórios, que trazem alívio imediato. Caso não sejam suficientes, existem outras drogas, como as vasoconstrictoras.

Dormir bem e não consumir bebidas alcoólicas são medidas simples para evitar uma crise de enxaqueca. Nos casos de crises muito frequentes, já se dispõe de medicamentos que podem ser tomados diariamente entre as crises, prevenindo, assim, seu aparecimento.

Com todo o conhecimento de que se dispõe hoje, você não precisa mais ficar em casa sofrendo com aquela torturante dor de cabeça. Procure um médico e se informe sobre o melhor tratamento para seu caso.

Fonte: MedCenter MedScape

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