quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Hérnia de Disco: em 76% dos casos há antecedente de dor lombar uma década

Cerca de 90% das hérnias podem ser tratadas por meio de tratamento convencional



A lombalgia – dor nas costas – está presente em 80% da população mundial adulta, sendo que de 30 a 40% destas pessoas apresentam de forma assintomática hérnia de disco lombar e de 2 a 3% já estão acometidas pelo sintoma desta patologia, cuja prevalência acima dos 35 anos é de 4,8% no universo masculino e 2,5% no feminino. No país, segundo dados do IBGE, a hérnia de disco atinge 5,4 milhões de brasileiros. O problema é consequência do desgaste da estrutura entre as vértebras que, na prática, funcionam como “amortecedores” naturais do impacto entre elas. Dessa forma, a estrutura se desloca e comprime os nervos da região.
“A idade média para o aparecimento da primeira crise de dor é de aproximadamente 37 anos, sendo que em 76% dos casos há antecedente de dor lombar uma década. Por causa da correria do dia a dia, má postura e sedentarismo, muitos brasileiros não se preocupam em fazer atividades físicas e cuidar da postura. Quando a crise aparece, muitos só enxergam a cirurgia como opção. No entanto, muitas pesquisas têm apontado tratamento convencional e exercícios físicos como solução para cerca de 90$ dos casos”, explica Helder Montenegro, fisioterapeuta, osteopata e fundador do Instituto de Tratamento da Coluna Vertebral, que aplica a exclusiva técnica da Reconstrução Múscula-Articular da Coluna Vertebral.
Embora não seja mortal, a hérnia de disco pode levar indivíduos economicamente ativos a se aposentarem por invalidez, sendo as causas multifatoriais, como: permanecer sentado por longas horas e o comportamento sedentário. Devido à repercussão econômica causada pelas lombalgias e hérnias de disco, elas se tornaram a 1ª causa de pagamento de auxílio doença e a 3ª causa de aposentadoria por invalidez.
“O comportamento sedentário tem auxiliado para o crescimento desta enfermidade no país, onde muitos médicos indicam a cirurgia como primeira forma de tratar a doença, sendo que muitas pesquisas apontam o tratamento convencional com ótima resposta. Só no ITC Vertebral, por exemplo, com a aplicação da técnica de Reconstrução Músculo-Articular da Coluna Vertebral - que une o trabalho da fisioterapia manual com a tecnologia das mesas de tração e descompressão e do Stabilizer (equipamento que condiciona o paciente a usar o músculo transverso do abdômen), e exercícios de musculação, temos obtido o equivalente a 87% dos casos resolvidos”, afirma Helder Montenegro do ITC Vertebral.
Tratamento convencional combinado com exercícios
A Reconstrução Músculo-Articular da Coluna Vertebral une o trabalho da fisioterapia manual com a tecnologia das mesas de tração e descompressão e do Stabilizer - equipamento que condiciona o paciente a usar o músculo transverso do abdômen, e exercícios de musculação. A união de todos esses fatores permite que o paciente não tenha mais dor e inicie um trabalho focado no fortalecimento dos músculos posturais.
Segundo o fundador do ITC Vertebral, depois de tratada a dor, é hora de investir em exercícios físicos como a musculação e o Pilates desde que bem orientados.
www.herniadedisco.com.br.

Sobre o ITC Vertebral

O Instituto de Tratamento da Coluna Vertebral, fundado pelo professor de pós-graduação e fisioterapeuta Helder Montenegro, oferece a técnica exclusiva de “Reconstrução Músculo-Articular da Coluna Vertebral - RMA da Coluna Vertebral”, que utiliza técnicas da Fisioterapia Manipulativa, Mesa de Tração Eletrônica, Mesa de Descompressão Dinâmica, Estabilização Segmentar Vertebral e exercícios de musculação. Com o reconhecimento e o respeito de fisioterapeutas no mundo inteiro, a técnica tem ganhado espaço no mercado brasileiro devido ao elevado índice de bons resultados para pacientes que sofrem de dores nas costas. O ITC Vertebral possui clínicas em Fortaleza, Sorocaba, São Paulo, Manaus, Santos, Rio de Janeiro, Natal e, em breve, Vitória e São Luís.

Fonte: sis.saúde

Por que médicos e pacientes optam pela cesariana?

As taxas de cesariana vêm aumentando em todo o mundo, mas, no Brasil, alcançam níveis impensáveis para os países desenvolvidos


Cesarianas abusivas
A cesariana é uma técnica cirúrgica que consiste na extração do feto através de uma incisão nas paredes abdominal e uterina. Geralmente, é empregada em situações em que o bebê e/ou a mãe estejam em risco ou quando o trabalho de parto é contraindicado.
Porém, essa técnica passou a ser utilizada de maneira abusiva nas maternidades brasileiras, ocasionando aumento nos índices de morbi-mortalidade materna e perinatal.
Em função disto, o obstetra Marcos Augusto Dias, doutor em Saúde da Criança e da Mulher pelo Instituto Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz), buscou explicar, na pesquisa Cesariana: epidemia desnecessária?, quais os mecanismos que levam o obstetra a decidir pela indicação da cesariana.
Morte materna e complicações
Segundo Dias, apesar de antiga - relatos mostram que a primeira cesárea data de 1500 e foi feita por um açougueiro suíço em sua mulher -, a cesariana costumava ser um procedimento raro, comumente associado a altas taxas de mortalidade.
Entretanto, nos últimos anos, os índices de partos por cesárea no Brasil têm ultrapassado o limite recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), tornando-se foco de atenção devido ao aumento do número de mortes materna e fetal e às diversas complicações ocasionadas, que vão desde uma simples febre até uma enorme perda de sangue.
Atualmente, as taxas brasileiras de cesarianas são consideradas as maiores do mundo, e a cirurgia é vista de forma tão banalizada que chega a atingir 80% dos partos. No município do Rio de Janeiro, o número passou de 41,2%, em 1993, para 46,9% em 1996. "Nos dias de hoje, tanto o Brasil quanto o Rio de Janeiro apresentam taxas em torno de 50%", afirma o pesquisador.
A cesariana, além de gerar gastos financeiros desnecessários para as unidades de saúde, pode colocar em risco a saúde da mulher e do recém-nascido.
Conforto dos médicos
De acordo com Dias, as taxas de cesariana vêm aumentando em todo o mundo, mas, no Brasil, alcançam níveis impensáveis para os países desenvolvidos.
Ele explica que esse aumento está associado a diversos fatores, como o conforto do médico, que pode programar suas atividades sem comprometer sua renda e vida pessoal; deficiências na formação dos obstetras em relação à assistência ao parto normal; e a pouca valorização dos riscos maternos e neonatais durante e após a cirurgia.
Outro elemento determinante é que, culturalmente, a cesárea alcançou grande aceitação entre as mulheres brasileiras, especialmente nas classes socioeconômicas mais elevadas.
"Sofrimento" do parto
O surgimento das técnicas de antissepsia, anestesia, reposição sanguínea e o uso de medicamentos intravenosos e da antibioticoterapia contribuíram para diminuir as altas taxas de mortalidade, tornando a cesariana uma alternativa segura ao parto normal.
Porém, os recursos oriundos do avanço da medicina fizeram com que essa técnica passasse a ser adotada de forma indiscriminada em quase todos os hospitais. Dias explica que o número de cesáreas é muito maior nos estabelecimentos privados, onde, teoricamente, as mulheres possuem um nível de instrução maior.
"Isto faz surgir a hipótese, já levantada por muitos autores, de que a cesárea pode ter-se transformado em um bem de consumo para as classes mais altas da população. Na rede pública, um motivo para muitas mulheres optarem pela cesariana é não ter de passar pelo 'sofrimento' do parto normal, já que histórias de maus tratos e violência são frequentes em maternidades de diversas unidades de saúde", ressalta o médico.

Fonte: sis.saúde

Os mitos da gravidez

Médicos ensinam como separar o que é verdade das lendas que cercam as gestações


Toda mãe sabe: engravidar é se tornar, mês após mês, uma barriga ambulante. Conforme ela cresce, todos só olham para ela, só falam dela, só perguntam sobre ela. "De quantos meses está?" "É menino ou menina?" "Já escolheu o nome?" Nes sa fase, curiosos de plantão se tornam especialistas, dão dicas contra enjoo, de enxoval, dieta, arriscam até sobre o sexo do bebê, parto e amamentação. E a mãe, entre extasiada, suscetível e inexperiente, embarca em boa parte dos palpites e teorias, por mais absurdos e sem fundamento científico que sejam. Inspirado nessa fase tão peculiar da vida da mulher, o casal de ginecologistas e obstetras americanos Shawn Tassone e Kathryn Landherr escreveu o livro "Hands Off My Belly! The Pregnant Woman's Survival Guide to Myths, Mothers and Moods" (Tire a mão da minha barriga! Guia de sobrevivência da mulher grávida de mitos, mães e humores).
Com o objetivo de informar sobre questões relacionadas à gravidez e tranquilizar mães e pais de primeira viagem cheios de caraminholas na cabeça, o livro é dividido em seções temáticas, que abordam cada fase do acontecimento. "Acreditamos que ninguém está imune de ouvir ou dar importância a algum mito ou superstição relacionados a essa fase", disse Kathryn à ISTOÉ. "É um momento mágico da vida, que as mais diferentes culturas não se cansam de tentar entender."
CONCEPÇÃO
Quem está amamentando não engravida
SIM E NÃO.
 A amamentação é um método de controle de natalidade válido, desde que a mulher siga algumas regras básicas. São elas: o bebê deve ter menos de seis meses, sua alimentação deve ser exclusivamente de leite materno, ele precisa ser alimentado a cada quatro horas durante o dia e a cada seis horas durante a noite, a menstruação da mãe não pode ter voltado ao normal
ILUSTRAÇÃOES: FERNANDO BRUM
Lançada nos Estados Unidos, a obra é esclarecedora ao abordar mitos como, por exemplo, o da posição da barriga: alta e pontuda carregaria menino e ventre baixo e esparramado levaria uma menina (a explicação: anatomicamente, o que determina o formato de uma barriga é o tamanho do bebê, a altura, estrutura pélvica e posição do útero da mãe e o número de bebês). Mostra, também, que é perda de tempo acreditar que quem amamenta não deve comer feijão porque pode provocar gases no bebê. Afinal, aparelhos digestivos de mãe e filho são totalmente independentes.

ILUSTRAÇÃOES: FERNANDO BRUM COMPORTAMENTO
Variações de humor em grávidas são culpa dos hormônios
MITO.
 Em geral, os hormônios não são os únicos responsáveis pela alteração de humor das pessoas e isso não muda durante a gravidez. Questões biológicas, psicológicas e sociais de toda a sorte influenciam
Apesar de a maioria dos mitos ser inofensiva, acreditar em teses improcedentes nem sempre é uma boa estratégia. Há crenças que dificultam a vida de quem espera um filho. "Tem grávida que acha que não pode levantar o braço para cima da cabeça porque o cordão umbilical pode se enrolar no pescoço do bebê", diz Kathryn. "Imagine só: uma mulher passar nove meses com esse fantasma? Não é justo."

INFERTILIDADE 
Cueca apertada contribui para a infertilidade masculina 
É POSSÍVEL.
 A temperatura na região da roupa íntima pode afetar a qualidade e a quantidade de esperma produzido pelo homem. Não é à toa que os testículos dilatam no calor e se contraem no frio. Isso acontece para que a temperatura ideal seja mantida no local. Roupas apertadas difi cultam essa dilatação e isso pode ser prejudicial
ILUSTRAÇÃOES: FERNANDO BRUM
Mitos e superstições têm origens diversas. Podem ser universais, específicos de uma família ou comuns a determinadas culturas. Entre os mais polêmicos está o que defende a ingestão da placenta, pela mãe da criança, após o parto. Há quem acredite que ela ajuda no processo de amamentação e na redução do risco de depressão pós-parto, mas não há estudos suficientes que garantam os seus benefícios. Segundo o ginecologista carioca Amaury Mendes Jr., no Brasil os mitos mais comuns estão relacionados ao sexo. Grávidas querem saber se é menino ou menina e se divertem com superstições que podem sugerir respostas, especialmente no período que antecede o ultrassom feito na 16ª semana, em que, em tese, já dá para enxergar o sexo. O futuro pai, por outro lado, se preocupa com a vida sexual do casal. "Costumo dizer que o homem sofre da síndrome da Virgem Maria", diz Mendes Jr. "Depois de engravidar a mulher, ele passa a vê-la como uma santa." Segundo o médico, boa parte dos homens acha que não pode fazer sexo com a mulher, pelo menos não como antes, porque vai machucar o bebê. Em "Hands Off", o assunto é discutido à exaustão. Mas, em resumo, o casal só deve evitar a penetração caso a mulher tenha histórico de trabalho de parto prematuro, complicação relacionada à posição da placenta e sangramento.

ILUSTRAÇÃOES: FERNANDO BRUM DIETA
Mãe que amamenta não pode comer comida apimentada porque o bebê fica com cólica
MITO. Não há estudos que comprovem essa tese. Por outro lado, pesquisas mostram que o risco de cólicas em bebês aumenta em três situações: quando a mãe fuma durante ou depois da gravidez, quando o bebê toma leite de fórmula ou quando ele é recém-nascido. Cólica é indício de sistema digestivo imaturo e costuma cessar após seis semanas de vida

Por que esses mitos insistem em se perpetuar em uma sociedade cada vez mais globalizada e informada? Talvez porque a tradição ainda seja muito forte e a informação, inacessível. "Todo mundo tem dúvidas nessa fase", diz Mendes Jr. "Pode ser a mais alta executiva, ela vai chegar ao consultório com uma lista de dúvidas escondida na bolsa." Segundo Amaury, cabe ao médico dar espaço para que esses questionamentos possam surgir. "Hoje, no Brasil, as consultas de convênios duram 15 minutos, o que dificulta uma cumplicidade maior." É algo para se pensar - e exigir.

Fonte: sis.saúde

Além da proteção

Nova geração de filtros solares promete também preencher rugas e deter a oleosidade, entre outros benefícios

O fator de proteção solar, o FPS, não é mais o único atributo a ser pesado na hora de comprar um protetor solar. Agora, há produtos que, além de filtrar os raios UVA e UVB, combatem as rugas e a oleosidade, entre outros benefícios. “E essas são associações bastante válidas para melhorar as características dos filtros”, aprova a dermatologista Shirlei Borelli, de São Paulo.
Um dos lançamentos que se encaixam no novo modelo é o filtro Anthelios AE Gel-Creme Velouté, da La Roche-Posay. Ele possui ácido hialurônico, substância que ajuda a preencher rugas. Já o Hidrafil Anti- Aging, recém-lançado pela Stiefel, aposta na combinação proteção solar, hidratante e antienvelhecimento.
Um dos clássicos obstáculos ao uso diário do filtro é sua textura, em geral grossa demais, portanto inadequada à pele e ao clima brasileiros. No calor, um rosto besuntado com produtos pesados em poucas horas ganha aspecto brilhoso. Com foco nesse problema, a marca Ada Tina lançou o Normalize Matte, que oferece controle progressivo da oleosidade e redução do brilho da cútis por seis horas. O segredo, neste caso, é a adição de esferas que retraem os poros e puxam a oleosidade para dentro delas. Mais uma inovação para proteger peles oleosas é o Minesol Oil Control FPS 30, da RoC. Além do toque seco, promete também reduzir a oleosidade da pele.
O apego dos brasileiros ao bronzeado também foi levado em consideração pelas empresas. Pesquisas da Nivea, por exemplo, indicaram que muita gente evita o protetor porque quer estar bronzeada. Por isso, a companhia está lançando o SUN Protect & Bronze FPS 15 e 30. O produto tem um pigmento que se deposita aos poucos na pele e favorece o bronzeado. Para as morenas e negras, a Natura apresenta protetores específicos, com FPS 15. A diferença é a combinação de filtros que não deixa resíduos brancos.
Esses esforços visam aumentar a adesão ao uso diário dos filtros, recomendação obrigatória feita pelos especialistas. “E produtos de boa qualidade, que apresentam essas outras funções, ajudam a convencer as pessoas dessa necessidade”, diz a dermatologista Ediléia Bagatin, da Universidade Federal de São Paulo.
fotos: Andy Bullock/Getty Images; Julia Moraes/Ag istoé; Marcia Tavares/Ag istoé

Fonte: sis.saúde

Distúrbio do sono REM pode ser um sinal precoce de Alzheimer ou Parkinson, segundo estudo

Tal diagnóstico pode auxiliar ao tratamento precoce dessas patologias


Uma desordem estranha, que faz as pessoas representarem fisicamente seus sonhos enquanto dormem, é associada com um risco dramaticamente maior de demência em desenvolvimento, tais como o Alzheimer e Parkinson, de acordo com uma nova pesquisa que sugere que uma certa desordem do sono pode ser, de fato, um sintoma precoce dessas condições.


Pessoas com distúrbio comportamental da fase do sono com REM, uma condição causada pela falha do cérebro para imobilizar os músculos de uma pessoa enquanto ela está sonhando, apresentam 52% de risco de desenvolverem uma dessas doenças neurológicas dentro de anos, de acordo com um estudo publicado na revista Neurology. Entre pessoas sem esse distúrbio, o risco é de aproximadamente 5%, de acordo com o autor do estudo Ron Postuma, pesquisador em neurologia do Sleep Disorders Center, Hospital de Sacre-Coeur, em Montreal.


O estudo acompanhou 93 pessoas com esse distúrbio durante 12 anos. Depois de cinco anos, 26 pessoas tinham desenvolvido demência: 14 apresentaram Parkinson; sete possuíam demência com corpos de Lewy (que se assemelha ao Alzheimer com características da doença de Parkinson), quatro desenvolveram Alzheimer e uma pessoa sofreu atrofia múltipla dos sistemas cerebrais.


Acredita-se que o distúrbio comportamental da fase do sono com REM é causado por uma degeneração do tronco cerebral - semelhante à degeneração que ocorre no Parkinson e na demência com corpos de Lewy, diz Postuma. Mas as pessoas não são diagnosticadas com essas desordens até que progridam e produzam sintomas notáveis como tremores e rigidez. Contudo, Postuma comenta que o distúrbio comportamental da fase do sono com REM pode indicar "o processo degenerativo inicial [de demência], mas o único sintoma é o problema do sono”.

O distúrbio comportamental da fase do sono com REM é uma das desordens do sono mais dramática. As pessoas com esse distúrbio respondem  fisica e, às vezes, violentamente aos seus sonhos.

A associação entre o distúrbio comportamental da fase do sono com REM e a demência foi observada antes, mas o estudo citado abarcou um período mais longo que a pesquisa prévia, comenta Postuma. Esses resultados significam que os médicos podem começar um tratamento prévio para a demência, reduzindo a velocidade e talvez estancando o seu desenvolvimento, diz Postuma.


A prevalência desse distúrbio do sono não é conhecida, ele acrescenta. É diferente de terrores noturnos, quando uma pessoa acorda amedrontada, ao invés do sono REM — ou Movimento Rápido dos Olhos. Esse distúrbio afeta principalmente homens entre os 50 e 60 anos, causando socos, pontapés ou gritos na fase do sonho durante o sono. Normalmente, apenas os nossos olhos e o sistema respiratório podem se mover durante o sono REM.
Tradução: Equipe Sis.Saúde
Image © iStockphoto/Kiyoshi Takahase Segundo


Fonte: sis.saúde

Especialistas indicam como se alimentar bem

As informações são do Jornal da Tarde



Segundo nutricionistas ouvidos pelo Jornal da Tarde, seguir à risca aqueles cardápios super restritivos, que impõem grãos integrais, grelhados, verduras e banem doces e frituras, só é necessário para atletas, pessoas com alguma doença que exija uma dieta rigorosa ou que precisem perder muito peso. A nutricionista Andrea Andrade explica que a boa alimentação deve ser variada e incluir todos os tipos de alimentos: os energéticos, os construtores e os reguladores.
Os energéticos são os alimentos a base de carboidratos (pão, arroz ou massas, de preferência integrais, ricos em fibras, que facilitam a digestão e reduzem a absorção de gorduras e açúcares); os construtores são as carnes, leite e derivados, ricos em proteínas e ajudam na construção dos tecidos; e os reguladores são as vitaminas, ácidos graxos e sais minerais, que ajudam no bom funcionamento do organismo e previnem doenças. E é esse terceiro grupo que as pessoas negligenciam.
Carne é bom e praticamente todo mundo come. O mesmo vale para um pão, um biscoito um chocolate. Mas quem é que faz questão de se empanturrar de beterraba, rúcula, espinafre ou tomate? Segundo a nutricionista Solange Saavedra, o brasileiro das grandes capitais é obrigado a comer na rua e são poucos os que consomem todos os nutrientes necessários - mesmo num restaurante a quilo, onde a variedade de carnes e saladas é grande.
Ela explica o erro: a pessoa entra na fila e vai se servindo com o que lhe apetece. O resultado é um prato cheio e desequilibrado. Por exemplo: em vez de uma porção de carboidrato,se serve de quatro: arroz, batata frita, polenta e macarrão. "Geralmente deixam a salada de fora." O correto, diz Solange, é ver todas as opções e fazer as escolhas antes de se servir.
Consumindo porções regulares de frutas, verduras, legumes, fazer refeições e lanches a cada três horas, além de beber pelo menos dois litros de água garantem uma alimentação saudável, diz Andrea. Cumprindo o mínimo, é possível comer doces, frituras e alimentos gordurosos. Sem exagero. E sem culpa.

Fonte: sis.saúde

Meu filho sempre faz birra no shopping

O que fazer?


"A criança que faz birra, de uma certa maneira, está testando esse controle, está checando quem pode com ela. E quando os pais cedem já entregaram o controle a ela" Você está passeando com a família no shopping e, de repente, seu filho cisma de querer mais um brinquedo para a sua coleção, além das dezenas que ele já possui. Você endurece e diz não. Ele, inconformado, se atira ao chão e tem uma crise de birra em pleno shopping. Ele grita, chora, sapateia e chuta para todos os lados. Que situação! Ninguém merece viver uma situação dessas. Ou merece?

A crise de birra infantil é uma demonstração clara de raiva, de irritação, de insatisfação com uma situação com a qual ela já não consegue mais lidar. Quase sempre se manifesta de maneira corporal, por meio de gestos, de gritos, de expressões faciais e de choro. É a forma que a criança encontra para nos mandar uma mensagem, para nos dizer com o corpo aquilo que não consegue transmitir por meio de palavras, pois nem ela mesma sabe que sentimentos são aqueles que a estão perturbando.
A verbalização é muito difícil nessas ocasiões. Então, ela explode numa crise de raiva que, na maioria das vezes, nada tem a ver com seu desejo real. Essa explosão pode ter dois significados: ou se trata de uma expressão típica da criança mimada, que não tem seus limites claramente definidos e, portanto, que tem o controle da situação e sabe manipulá-la a seu favor; ou se trata de uma necessidade urgente de se fazer ouvir, de fazer notar suas necessidades, não por ser mimada, mas por alguma carência que desconhecemos. Em qualquer dos casos, uma vez instalada a crise, é preciso agir.
Diante de uma crise de birra, quase sempre os pais perdem o controle da situação, e acabam agindo de forma igualmente infantil, entrando numa quebra-de-braço ou, pior ainda, cedendo de imediato aos caprichos do pimpolho.
Na hora em que a criança está tendo sua crise, a melhor atitude é não entrar no foco do problema, ou seja, não entrar numa discussão sobre seu comportamento inadequado, não questionar sua real necessidade daquilo que desencadeou a crise e menos ainda, tentar convencê-la por meio da argumentação. Em estado de crise a criança mal consegue ouvir o que lhe dizemos e muito menos, compreender. A melhor atitude é tentar resolver o problema rapidamente, de maneira eficaz e sem grandes discursos. E em hipótese alguma ceder. Procurar retirá-la do local com calma e firmeza é o mais sábio a se fazer no momento.
Esse tipo de cena sempre existiu, mas quase sempre dentro do espaço reservado da família, e a solução encontrada para acabar logo com aquilo era dar umas boas palmadas. Hoje ela se tornou comum no espaço público.
No passado não havia shoppings, não havia toda essa propaganda comercial dirigida ao público infantil, transformando nossas pequenas crianças em grandes consumidores. O número de mães que trabalhava fora era menor e a dinâmica familiar era outra. Com o divórcio e as conquistas da mulher no mundo do trabalho vieram os filhos de pais separados e de mães que trabalham fora o dia todo. Esses filhos conhecem bem de perto o significado da ausência e da distância, ora do pai, ora da mãe. Mas junto com as conquistas do casal, veio uma culpa imensa por parte dos pais.
Hoje ninguém pensaria em encher uma criança de palmadas, mas sabemos também que a culpa é a pior conselheira educacional. Movidos pela culpa, pais com total capacidade de educar de maneira sincera e transparente acabam perdendo o controle da situação e muitas vezes, trocando de papel com os filhos, permitindo que estes passem ao controle. A culpa é um sentimento paralisante e destrutivo, porque nos impede de enxergar com clareza, nos impede de agir com lucidez e de tomar as melhores decisões.
Movidos pela culpa, cedemos às exigências mais absurdas, concordamos com ideias que contrariam nossos princípios, e nos perdemos num mar de contradições, pois nosso discurso está sempre caminhando no sentido contrário ao de nossas ações. Pregamos uma coisa e fazemos outra.
A criança que faz birra, de uma certa maneira, está testando esse controle, está checando quem pode com ela. E quando os pais cedem já entregaram o controle a ela.

Todos concordamos que os pais devem ser amigos de seus filhos, mas o excesso de flexibilidade leva a uma carência de limites por parte da criança, que quer e precisa de limites para crescer de maneira sadia. O limite é o corrimão na vida da criança, é onde se apoia nas horas mais difíceis e inseguras. Sem corrimão ela escorrega no primeiro degrau e vai rolando pela vida afora.
Além disso, os pais são os primeiros referenciais do mundo adulto para a criança. Por isto, é extremamente importante para o desenvolvimento da criança que este modelo esteja fortemente impregnado de imagens de firmeza, de segurança, de determinação, de coerência, de ternura e de autoridade - não confundindo nunca autoridade com autoritarismo.
No momento em que os pais demonstram falta de autoridade, ou de segurança, estão trocando de papéis com a criança, permitindo que ela assuma o controle da situação. Mas a criança não está preparada para ter controle de nada, ela espera que este tipo de postura venha do adulto, seu modelo e parâmetro de conduta.
É essencial que haja uma definição clara de papéis, que a criança se submeta a uma autoridade que lhe dê regras, mostre caminhos, defina limites e cobre resultados. Liberdade, sucesso, fracasso, frustração, responsabilidade e limites são condições essenciais para o crescimento saudável.
Por não ter condições de estabelecer relações entre o que sabe e como usar o que sabe, ela precisa da figura do adulto, que lhe ajude na construção e na confirmação de seus saberes. Ela precisa confrontar suas fantasias com a realidade, e quem referenda e confirma a realidade é o adulto. É dessa forma que saímos da infância e entramos para o mundo adulto. Mas se a criança permanece realizando suas fantasias e desejos indiscriminadamente, não lhe estão permitindo o direito de crescer de modo sadio.
A crise de birra é uma manifestação típica da criança que não aceita a realidade, que não aceita o não, que não sabe lidar com a frustração. Primeiro ela testa a possibilidade, dizendo eu quero. Ao ouvir o não, ela não suporta a realidade e entra em crise.
Mas crianças que têm crises de birra também estão nos enviando uma mensagem muito clara. Elas estão nitidamente dizendo: olhe para mim, me pegue no colo, me abrace, fique comigo. Eu quero colo.
Mas não damos o colo. Compramos roupas, brinquedos, guloseimas, e uma infinidade de inutilidades, que apenas aliviam a nossa culpa, mas não a carência da criança, porque sua carência geralmente é de ordem afetiva e não material. Não sabendo expressar seu real desejo, ela se desespera e entra em crise.

A criança tem necessidade do aconchego do corpo, do carinho, do cheiro da mãe, do toque, da voz, do colo que teve ainda bebê, e que muito provavelmente foi perdido quando a mãe teve que retornar às suas atividades profissionais. Então, ela se viu privada de sua necessidade maior: o colo materno.
E por que não damos colo? Por que não contamos histórias? Por que não temos uma cadeira de balanço no quarto onde ela possa dormir embalada ouvindo uma canção? Por que não rolamos no tapete ? Por que não fazemos guerra de almofadas? Porque nos disseram que isto poderia deixá-la muito mimada.
Mimos são brinquedos. Brincadeiras são afeto. Coisas totalmente distintas. Brincadeira é atenção, é carinho, é amor, é troca de energia, é contato físico, é cheiro, é toque, exige parceria e cumplicidade, é puro prazer. E não custa nada. Faz um bem danado para a criança e é um santo remédio para os pais, que podem aliviar a tensão com a alegria e o contato físico com a criança. Crianças emocionalmente bem supridas raramente têm crises de birra. E pais emocionalmente presentes raramente têm crises de culpa.
Então está combinado, na próxima ida ao shopping, em vez de mais um brinquedo para a coleção, que tal você escolher um livro de histórias, para ser lido no escurinho do quarto, debaixo das cobertas, só você e seu filho.
 


Fonte: sis.saúde

Acho que estou com gastrite!

Especialista responde principais dúvidas sobre gastrite e suas causas


“Acho que estou com gastrite”. Muitas pessoas dizem essa frase ao sentirem algum tipo de incômodo no estômago. Mas, quando os sintomas estão associados realmente à essa doença e quais os fatores que a desencadeiam?
Para começar é preciso entender que o estômago funciona como uma espécie de “bolsa”, que recebe todo alimento e bebida que ingerimos, no qual é realizada uma das etapas do processo digestivo (fracionamento dos alimentos e liberação lenta desse material para o intestino). A gastrite corresponde à inflamação da mucosa que reveste as paredes do estômago, ocasionada por diferentes fatores, que impede esse órgão realizar plenamente as suas funções.
“A gastrite pode ser ocasionada por má alimentação, álcool, remédios à base de ácido acetilsalicílico, antiinflamatórios, estresse ou o aumento do número de bactérias Helicobacter pylori, que vivem naturalmente no tecido que reveste o estômago. Esses componentes, isolados ou associados entre si, agridem a mucosa estomacal. Se os sintomas acabaram de aparecer, o quadro clínico por ser classificado como sendo uma gastrite aguda. Se os sintomas são constantes e persistentes, estamos diante de um diagnóstico de gastrite crônica, que pode evoluir e se transformar numa úlcera, se não for devidamente tratada”, esclarece o gastrocirurgião Dr. Vladimir Schraibman e único orientador de Cirurgias Robóticas da área de Cirurgia Geral e do Aparelho Digestivo do Hospital Israelita Albert Einstein.
Para entender o que é, suas causas, tipos e tratamentos, leia abaixo a entrevista com o especialista.
1 - Como o álcool pode desencadear a gastrite?
Resposta: O álcool é um irritante gástrico fortíssimo e promove a diminuição da formação de prostaglandinas, que são substâncias responsáveis pela proteção de muco do estômago contra o ácido. Assim como o álcool, o café, medicamentos à base de ácido acetilsalicílico e os antiinflamatórios diminuem esta proteção, podendo levar a quadros de gastrite.
2- Como o cigarro aumenta a secreção de ácido pelo estômago?
Resposta: O cigarro possui inúmeras substâncias irritantes gástricas que levam ao aumento da secreção gástrica por irritação local, principalmente, pela nicotina.
3- Por que a Helicobacter pylori, bactéria que já existe no estômago, pode vir a causar gastrite?
Resposta: O Helicobacter pylori está associado à recidiva das gastrites na maior parte das vezes. Quando a bactéria não é eliminada, a probabilidade de adquirir uma nova infecção é maior do que 90%. Muitas vezes, a presença dessa bactéria pode estar associada ao aparecimento do câncer gástrico, quando associada a um quadro de gastrite crônica.
4- Muitas pessoas dizem que estão com “gastrite nervosa”. Isso é verdade ou mito?
Resposta: É uma verdade, porque o estresse aumenta a liberação de cortisol e de adrenalina que promovem o aumento da produção de ácido pelo estômago, gerando a gastrite de fundo emocional.
5 - O uso de antiácidos ajuda a aliviar os sintomas?
Resposta: Com certeza aliviam os sintomas, mas deve-se ficar atento com as reações, porque alguns podem aumentar a chance de formação de cálculos renais, dentre outros problemas. Diante do diagnóstico de gastrite, o melhor é seguir o tratamento de acordo com as orientações médicas, que inclui a diminuição da ingestão de álcool, refrigerantes, chá preto e café, entre outros cuidados.
6- Dieta muito rica em gorduras, como frituras e carnes, contribuem para o aparecimento da gastrite ou agravam os sintomas?
Resposta: Dieta rica em gordura contribui para o desenvolvimento da gastrite, visto que a gordura por si só pode gerar um aumento da produção de ácido, agravando uma gastrite já estabelecida.
7- A gastrite pode evoluir e se transformar numa úlcera?
Resposta: Com certeza, a gastrite pode se transformar em uma úlcera. A gastrite se constitui no processo inicial de inflamação, que quando não tratada pode gerar uma inflamação mais profunda que é denominada de úlcera (aparecem feridas na parede do estômago).
8- A gastrite é mais comum em homens, mulheres, crianças, adolescentes, adultos ou idosos?
Resposta: A gastrite é mais comum em adultos, em indivíduos sedentários e em pessoas que não possuem hábitos de vida saudáveis.
9- Quais os principais sintomas e como se faz o diagnóstico da gastrite?
Resposta: Os principais sintomas estão relacionados à dor na parte alta do abdome, inchaço abdominal, digestão difícil e sensação de queimação ou aperto no abdome. O diagnóstico pode ser feito pela história clínica, exame físico do médico e com confirmação, muitas vezes, pela endoscopia digestiva alta.
10- Quais são os tratamentos mais modernos para o controle dessa doença?
Resposta: Os tratamentos mais modernos incluem medicamentos de última geração que inibem a produção de ácido gástrico e alterações de estilo de vida e dieta.

Fonte: sis.saúde

Obesidade

Uma doença frequente e antiga

Uma pessoa é considerada obesa quando possui peso 10% a 20% maior do que o peso médio ideal para o sexo e altura. (Gráficos de peso e altura)
Todo peso a mais é supérfluo e prejudicial, pois aumenta o risco de doenças como diabetes, pressão arterial e artrite.
Na maioria dos obesos, o aumento da gordura tem origem no desequilíbrio entre a alimentação e exercício físico. Pelo menos 30% dos casos de obesidade têm um fator genético associado: a famosa tendência a engordar, mas pode haver uma razão clínica para o aumento do peso. Por isso, deve ser tratada com orientação do médico, e como uma questão estética e de saúde.
A obesidade é o resultado do balanço do que se come e o que se gasta de energia então, além da orientação do médico, depende na verdade, de um grande esforço pessoal. Ou diminuem-se a quantidade, sem alterar a qualidade da comida e aumenta-se os gastos energéticos ou ambos. Obedecendo as dietas e os exercícios físicos, o peso diminui gradualmente e de acordo com o rítimo de cada um.
Os medicamentos quando usados devem ser recomendados sempre por um médico e usados como auxiliares e não como a base do tratamento. Na maioria dos casos os médicos receitam moderadores do apetite, reduzindo sua dose aos poucos até que o organismo passe a funcionar por si só. Diuréticos não devem ser usados, pois, gordura não é água e não sai na urina; a discreta perda de peso no uso desses medicamentos se deve a desidratação do organismo, e conseqüentemente perde-se sais essenciais à saúde. Fórmulas mágicas não existem, por isso tome muito cuidado no uso de medicamentos para emagrecer, principalmente aqueles naturais ou recomendados por um amigo.
Os exercícios recomendados são: a natação, a caminhada, a bicicleta (ergométrica ou não), de preferência diários e constantes. A cirurgia Plástica pode ser necessária para corrigir deformidade ou gorduras localizadas (lipoaspiração). São poucas as pessoas que podem se dedicar exclusivamente ao culto do corpo ideal, mas uma dieta balanceada e exercícios físicos praticados regularmente são normas básicas de saúde e bem estar, devendo ser iniciados na infância.

Fonte: sis.saúde

Pacientes com Câncer de Próstata tratados com radioterapia apresentam baixo índice de complicações

Estudo realizado por pesquisadores da Mayo Clinic é o maior já realizado nesta categoria


Publicado na edição de outubro do periódico Radiotherapy and Oncology, o estudo - o maior do gênero, já realizado por uma única instituição – revela um baixo índice de complicações em pacientes com câncer de próstata, tratados com radioterapia depois de submetidos à cirurgia para remover a próstata. Os homens participantes do estudo foram tratados com radioterapia, seguida de cirurgia, em que exames de antígeno prostático específico (PSA) indicaram que o câncer voltou a se manifestar. O estudo foi realizado nas unidades da Clínica Mayo da Flórida e de Minnesota.
“Em homens sem a próstata, a elevação dos níveis de PSA indicam que o câncer está de volta. Depois que a recorrência do câncer é detectada, há muito pouco tempo para a realização de uma radioterapia que possa ser benéfica para o paciente, no controle do câncer”, afirma a pesquisadora principal do estudo, a médica Jennifer Peterson, do Departamento de Radiação Oncológica da Clínica Mayo, campus de Jacksonville, na Flórida.
“Há um medo generalizado desse tipo de tratamento por radiação, por parte dos pacientes e seus médicos, mas esse estudo mostra que erradica, de forma eficaz, o câncer recorrente em um número significativo de pacientes e, além disso, resulta em poucos efeitos colaterais mais sérios. Nenhum outro tipo de tratamento, além da radioterapia por feixe externo de salvamento, tem se mostrado capaz de curar esses pacientes”, ela acrescenta.
As estimativas indicam que, em 2009, 192 mil homens nos Estados Unidos serão informados do diagnóstico de câncer de próstata. Desse universo, cerca de um terço (64 mil homens) irão optar por uma prostatectomia radical como seu tratamento primário, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer nos Estados Unidos. Outros estudos têm mostrado que um terço desses homens submetidos à prostatectomia radical ainda vão enfrentar, posteriormente, um aumento do PSA – uma recorrência do câncer – dentro de cinco a 10 anos, diz Jennifer Peterson. “Dois terços desses homens, se não forem tratados, irão enfrentar uma metástase da doença, no curso de 10 anos, mas as chances de isso acontecer é significativamente reduzida para pacientes tratados com radioterapia de salvamento”, ela declara.
Segundo o coautor do estudo, o médico Steven Buskirk, da Mayo, de Jacksonville, dúvidas sobre a eficácia da radioterapia de salvamento e sobre seus efeitos colaterais têm levado muitos urologistas a não recomendar o tratamento.
Esse estudo, que durou duas décadas, foi empreendido para documentar especificamente o problema dos efeitos colaterais. Participaram do estudo 308 pacientes, com um acompanhamento médio de 60 meses, a contar da aplicação da radioterapia por feixe externo de salvamento. Apenas um paciente teve uma complicação séria (de grau quatro) e três pacientes tiveram efeitos colaterais menos sérios (de grau três). Nenhum desses efeitos foi fatal e todos foram tratados. Efeitos colaterais mais leves foram observados em outros 37 pacientes e todos receberam o devido tratamento para essas complicações. O vazamento urinário, uma preocupação de muitos pacientes que decidem não fazer a radiação, não foi um dos efeitos colaterais comuns desse tratamento.
Técnicas aperfeiçoadas da administração de radioterapia por feixe externo de salvamento, desde que o estudo foi iniciado em 1987, provavelmente vão significar que a taxa de efeitos colaterais hoje, em comparação com as do período do estudo, serão bem menores, diz Steven Buskirk.
“Nosso trabalho é bem melhor hoje, porque conseguimos aplicar a radiação exatamente onde queremos e, com isso, reduzir a dose nos tecidos normais circundantes”, ele afirma.
“Em nossa experiência na Clínica Mayo, os efeitos colaterais da radioterapia de salvamento nos pacientes tratados após uma prostatectomia radical são mínimos”, diz Jennifer Peterson. “E ainda mais importante é o fato de que esse é o único tratamento curativo possível, em potencial, para esses pacientes com câncer recorrente”, ela declara.
O estudo foi financiado pela Clínica Mayo.
Para mais informações sobre tratamento do câncer de próstata e outros tipos de câncer na Clínica Mayo, Flórida, contate o departamento de Serviços Internacionais pelo telefone 1-904-953-7000 ou envie um e-mail para intl.mcj@mayo.edu.
Sobre a Mayo Clinic
A Clínica Mayo é o primeiro e maior centro de medicina integrada do mundo. Médicos de todas as especialidades trabalham juntos no atendimento aos pacientes, unidos por um sistema e por uma filosofia comum, de que “as necessidades dos pacientes vêm em primeiro lugar”. Mais de 3.300 médicos, cientistas e pesquisadores, além de 46.000 profissionais de saúde de apoio, trabalham na Clínica Mayo, que tem unidades em Rochester (Minnesota), Jacksonville (Flórida) e Scottsdale/ Phoenix (Arizona). Juntas, as três unidades tratam mais de meio milhão de pessoas por ano.
Para mais notícias sobre a Clínica Mayo, visite o site www.mayoclinic.org/news/. O MayoClinic.com (www.mayoclinic.com) está disponível como fonte para reportagens da área de saúde.

Fonte: sis.saúde

Inibidor de apetite predispõe mulheres ao glaucoma

Risco está associado à dilatação da pupila provocada pela medicação e à menor profundidade da câmara anterior dos olhos
 
Levantamento do Ministério da Saúde aponta 43,3% dos brasileiros em idade adulta estão acima do peso. Por conta disso, o País desponta como o terceiro maior consumidor de inibidores de apetite, sendo que a população feminina responde por 92% deste consumo, segundo um levantamento do CEBRID (Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas). Além dos já conhecidos efeitos colaterais sobre o sistema nervoso central e cardiovascular, o oftalmologista do Instituto Penido Burnier, Leôncio Queiroz Neto, ressalta que a dilatação da pupila provocada por inibidores de apetite aumenta a chance de surgir o glaucoma primário de ângulo fechado (GPAF). Ele diz que a doença que apresenta incidência de cegueira 2 vezes maior que o glaucoma primário de ângulo aberto. O GAPF, observa, é mais comum entre mulheres, asiáticos, idosos e portadores de hipermetropia (dificuldade de enxergar de perto). Isso porque, explica, nestes grupos a câmara anterior dos olhos pode ter menor profundidade e a dilatação da pupila induz ao fechamento do ângulo iridocorneano (entre a íris - parte colorida do olho - e a córnea), levando ao aumento súbito da pressão intra-ocular que caracteriza a doença. Queiroz Neto afirma que a evolução do GPAF é rápida e apesar de os casos relacionados ao uso de inibidores de apetite ser pouco frequente, deve ser feita uma avaliação completa da câmara anterior antes da ingestão deste tipo de medicamento. Isso porque, a identificação e tratamento do fechamento angular iridocorneano previne a evolução da doença. A avaliação, comenta, hoje é feita com a utilização do OCT, tecnologia análoga ao ultrassom que permite a obtenção de imagens de toda a câmara anterior em duas dimensões.
Quem é portador de GPAF, ressalta, só percebe a alteração ocular em crises agudas cujos sinais são:
  • Dor intensa no globo ocular e região periocular
  • Diminuição acentuada da acuidade visual
  • Halos coloridos ao redor das lâmpadas
  • Náuseas e vômitos.
O especialista explica que esta crise é marcada pela elevação acentuada da pressão intra-ocular, perda súbita da visão, morte de células do cristalino que facilitam a formação de opacidades subcapsulares, escavação do disco óptico, congestão venosa e hemorragia que reduzem permanentemente a acuidade visual. Trata-se de uma emergência médica e o tratamento clínico imediato é feito com colírios que induzem à constrição pupilar, betabloqueadores para diminuir a produção do humor aquoso, e corticóide tópico que reduz a reação inflamatória aguda.
Além dos inibidores de apetite, comenta, medicamentos utilizados no tratamento de gripes e resfriados que contêm atropina, também podem induzir a crises agudas do glaucoma de ângulo fechado. Por isso, o FDA (Food and Drug Administration), agência reguladora de medicamentos dos EUA, exige que toda medicação que induza à dilatação da pupila contenha uma advertência na embalagem. O risco de complicações só existe entre pessoas com ângulo estreito da câmara ocular que não recebem tratamento adequado. O brasileiro, comenta, ainda acredita que o consumo de medicamentos é o caminho mais fácil para ter boa saúde, mas em muitos casos pode significar o surgimento de doenças que comprometem a qualidade de vida.

Fonte: sis.saúde

29 de outubro é Dia Mundial da Psoríase

O problema pode ser desencadeado por uso de drogas, infecções e até estresse

Segundo dados da Sociedade de Dermatologia a psoríase atinge 3% da população. A psoríase é uma doença crônica da pele caracterizada por placas avermelhadas com descamação (eritemato-descamativas). Ocorre igualmente entre os sexos e normalmente aparece na segunda década de vida.
Apesar de sua causa ser desconhecida, há predisposição genética. Estudos científicos mostram que cerca de 30% dos doentes têm um parente com o problema. “Diversos fatores têm sido implicados no desencadeamento ou exacerbação da psoríase: traumas cutâneos, infecções, drogas (lítio, beta-bloqueadores, anti-hipertensivo), antiinflamatórios não hormonais, estresse emocional, ingestão aumentada de álcool, variações climáticas entre outros”, explica a dermatologista do INC, Adriane Reichert Faria.
A psoríase não é uma doença contagiosa, mas não há como preveni-la. Apenas é possível controlar sua reincidência. “Infelizmente causa grande impacto na qualidade de vida dos pacientes que, muitas vezes, se sentem rejeitados ou discriminados em seus ambientes sociais e de trabalho”, avalia a médica.
Tratamento
Para detectar a doença pode ser feito um exame clínico, mas às vezes uma biópsia de pele pode ser necessária. A doença não pode ser curada, mas é possível que seja controlada. Em casos leves podem ser aplicados cremes ou pomadas e, em casos moderados a graves podem ser necessário o tratamento sistêmico, como fototerapia, medicamentos via oral, subcutânea ou endovenosa. A dermatologista esclarece que a escolha e duração do tratamento variam conforme o caso. “Entre os tratamentos disponíveis está o Excimer LASER”, conta. Neste método, as aplicações de laser são feitas sobre as lesões, o que estimula a sua redução e normalização do aspecto da pele.

Fonte: sis.saúde

Azeite em lata age na prevenção de doenças cardiovasculares

Quando armazenado corretamente, o líquido tem o poder de atuar contra os radicais livres – componentes que aceleram o processo de envelhecimento e causam tumores



Presente na alimentação do homem desde a Antiguidade, o azeite conta com propriedades antioxidantes, que contribuem na prevenção de doenças. Tudo isso porque ele é rico em gordura monoinsaturada, que tem o poder de “limpar” as artérias e proteger o coração. Explicação: o alimento diminui os níveis de LDL (colesterol ruim) e aumenta as taxas de HDL (colesterol do bem). Além disso, as substâncias presentes no azeite têm poder de dar um chega pra lá nos radicais livres, componentes associados às doenças crônicas, como cânceres e envelhecimento precoce.
Popular como tempero de saladas e no preparo de pratos saborosos, o azeite apresenta um aroma mais requintado aos alimentos. O produto foi reconhecido pelo FDA (reguladora de farmacêuticos e alimentos nos EUA) como um alimento funcional com característica antioxidante, por ser rico em polifenóis – substâncias capazes de prevenir doenças cardíacas. Entretanto, os polifenóis mantêm suas propriedades por mais tempo quando o azeite é armazenado em embalagens que são livres da incidência de luz, como acontece quando envasados em latas de aço.
“Para que os benefícios do azeite de oliva sejam conservados, é aconselhável que se procure azeites acondicionados em embalagens escuras, pois a incidência de luz acelera a oxidação do produto, eliminando parte de seus polifenóis”, afirma Thais Fagury, engenheira de alimentos da Abeaço. “Por isso a lata de aço é a embalagem com maior poder de preservação do líquido, já que é fechada hermeticamente, sem nenhuma incidência de ar, luz ou quaisquer outros contaminadores do meio externo”, completa.
E as vantagens não param por aí: pesquisa realizada pela Universidade de Valme, na Espanha, comprovou que o azeite de oliva ainda possui substâncias com efeito bactericida – capazes de destruir o Helicobacter pylori - microorganismo causador da gastrite.

Fonte: sis.saúde

Incapacidade para suar, dores torturantes nas extremidades e diarréia crônica

Estes e e outros sinais e sintomas crônicos e sem conexão entre si podem estar ligados à Doença de Fabry
* Aumento do conhecimento sobre a doença é a chave para o diagnóstico precoce e tratamento correto;
* Pacientes levam em média 12 anos para obter o diagnóstico correto da doença, pois médicos também desconhecem a patologia;

Dores lancinantes nas mãos e nos pés, incapacidade de suar e com isso elevação da temperatura do corpo, diarréia, vômitos....momentos preciosos da infância e da juventude roubados por sintomas inexplicáveis. Estes são apenas alguns dos sintomas da doença de Fabry, uma doença genética, desconhecida e portanto subdiagnosticada.
O aumento do conhecimento sobre a doença pode ajudar muitas pessoas a chegarem o quanto antes ao diagnóstico correto e ao tratamento. Estima-se que a doença afete aproximadamente 1 em cada 40 mil homens. Segundo Wanderlei Cento Fante, presidente da Associação Brasileira de Pacientes Portadores de Fabry e Familiares- ABRAFF, apesar de no Brasil terem sido identificados muitos pacientes, por volta de 220, um número significativo permanece sem diagnóstico e tratamento adequados. “É preciso divulgar melhor a doença de Fabry, inclusive para a classe médica. Com o tratamento correto, podemos levar uma vida normal”, explica Cento Fante.
O fato é que a doença é de díficil diagnóstico. Estima-se que o tempo decorrido entre o início dos sintomas e o estabelecimento de um diagnóstico final seja der 12 anos. A maioria dos pacientes com a doença de Fabry são examinados por diversos especialistas antes de se chegar a um diagnóstico exato e cerca de 25% são diagnosticados erroneamente. “Aos 16 anos de vida, eu fui internado em um hospital psiquiátrico, pois acharam que meus sintomas eram de uma doença psiquiátrica. Fiquei internado 3 meses. Somente aos 28 eu tive uma suspeita que podia se tratar da doença de Fabry. Mas se passaram 14 anos para que finalmente surgisse uma esperança de tratamento”, conta Cento Fante. Somente aos 42 anos de idadde Wanderlei iniciou o tratamento e decidiu então fundar a ABRAFF para ajudar os outros pacientes com informações, orientação, etc.
A doença de Fabry também é conhecida como doença de Anderson-Fabry, em função dos nomes dos dois médicos que primeiro a descreveram em 1898. É uma doença genética crônica e progressiva, causada pela ausência ou deficiência de uma enzima chamada alfa-galactosidase A, responsável pela decomposição de lipídeos (gorduras) no corpo. As substâncias que não são degradadas devido à falta desta enzima, se acumulam no organismo do paciente e causam diversos sinais e sintomas. Caso o paciente permaneça sem tratamento, órgãos vitais como rim, coração e cérebro começam a apresentar problemas, com consequências geralmente graves.
Embora o gene relacionado com a doença esteja localizado no cromossomo X, ela afeta tanto homens quanto mulheres (sendo geralmente mais precoce e mais grave nos homens afetados). Os pacientes podem apresentar uma série de sinais e sintomas de grau variável, tais como dor intensa e ardente, intolerância ao calor, manchas na pele, queixas gastrointestinais, perda auditiva, alterações oculares, disfunção cardiovascular e insuficiência renal.
A doença de Fabry não apenas prejudica a qualidade de vida do paciente, mas também reduz substancialmente a expectativa de vida em ambos os sexos.
Recentemente, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária aprovou um medicamento para tratar a doença de Fabry. Trata-se da enzima alfagalsidase. O medicamento, resultado de pesquisa e desenvolvimento da Shire já é aprovado em mais de 45 países, incluindo diversos países da Europa, Japão, Austrália, Argentina e México. Segundo o geneticista Roberto Giugliani, Professor do Departamento de Genética da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e Diretor do Centro Colaborador da OMS, o produto representa uma nova opção terapêutica para os pacientes brasileiros. “A terapia não representa a cura da doença, mas melhora a qualidade de vida dos portadores da doença de Fabry na medida em que repõe a enzima deficiente nos pacientes e corrige vários processos metabólicos, modificando para melhor a história natural da doença”.
SOBRE A DOENÇA DE FABRY
História

A doença de Fabry foi descrita pela primeira vez por dois dermatologistas que trabalhavam em diferentes locais: um na Inglaterra e o outro na Alemanha, no ano de 1898 (1). Pela narrativa da história, a diferença da descrição dos primeiros casos da doença é de meses: Johannes Fabry teria examinado seu primeiro paciente em abril de 1897 e William Anderson em dezembro de 1897. Por isso, embora mais comumente chamada de doença de Fabry, também é conhecida como doença de Anderson-Fabry.
O que é ?
É uma doença genética, hereditária, crônica e progressiva, causada pela ausência ou deficiência de uma enzima chamada alfa-galactosidase A, responsável pela decomposição de lipídeos (gorduras) no corpo. As substâncias que não se degradam devido à falta desta enzima, se acumulam no organismo do portador, causando diversos sinais e sintomas. Caso o paciente permaneça sem tratamento, órgãos vitais como rins, coração e cérebro começam a se deteriorar e prejudicar a qualidade de vida das pessoas com a doença (2) (3) A doença de Fabry é uma das inúmeras doenças de depósito lisossômico e é a segunda mais frequente, depois da doença de Gaucher(7).
A Gb3 está presente em muitos tipos de células do corpo, particularmente nas membranas dos glóbulos vermelhos. Visto que cerca de 1% dos glóbulos vermelhos em circulação são substituídos a cada dia, o corpo sempre tem uma quantidade significativa de Gb3 para decompor. Uma das principais enzimas lisossômicas envolvidas nesta decomposição é justamente a α-Gal A(2) (3).
Nos pacientes com a doença de Fabry, a α-Gal A é parcial ou completamente inativa. Como resultado, a Gb3 se acumula nos lisossomos (organelas responsáveis pela digestão intracelular) de todo o organismo e prejudica a função de diversos órgãos importantes, incluindo os rins e o coração. Isso pode se tornar um problema relevante nas partes do corpo que dependem de pequenos vasos sangüíneos, uma vez que estes podem ser obstruídos pela Gb3 acumulada. As áreas mais afetadas pela oclusão de pequenos vasos sangüíneos são rins, coração, sistema nervoso e pele.
Prevalência

A doença de Fabry afeta 1 em cada 117 mil pessoas (14). A doença de Fabry é um erro inato do metabolismo, isto significa que a criança já nasce com a alteração genética, sendo possível diagnosticar precocemente. Porém, as manifestações clínicas, em geral, demoram a aparecer.
Por que a doença de Fabry é considerada uma doença metabólica ou doença de depósito lisossômico ?
As milhares de reações químicas que ocorrem dentro do corpo humano são conhecidas como metabolismo. Para que isso aconteça, são necessárias diversas enzimas- proteínas especiais produzidas pelo organismo que permitem a ocorrência das reações químicas. Quando o o organismo não produz uma determinada enzima em quantidade suficiente ou a enzima que é fabricada não trabalha adequadamente, o metabolismo fica prejudicado e pode acarretar problemas médicos conhecidos como doenças metabólicas.
Por que a doença de Fabry é considerada uma mutação genética ?
O corpo humano é formado por unidades chamadas células. Dentro de cada célula existe o que chamamos de DNA, ou seja, o código genético responsável por coordenar todas as funções do organismo e por transmitir as características dos pais para os filhos. Algumas vezes acontece o que chamamos de mutação genética, ou seja, uma alteração nos genes que compõem o DNA e que pode ocasionar algumas doenças, conhecidas como doenças genéticas. Como o DNA é passado do pai e da mãe para os filhos, estas doenças genéticas podem permanecer nas famílias.
Sinais e Sintomas
A falta da enzima α-Gal A nos pacientes de Fabry acarreta o acúmulo da substância Gb3. Este acúmulo ocorre em quase todos os órgãos como cérebro, coração, olhos, pele, orelhas, rins, sistema gastrintestinal e vasos sanguíneos (2) (3).
Embora a criança já nasça com a doença de Fabry, normalmente os sinais e sintomas demoram a aparecer. Em ambos os sexos decorrem 12 anos entre o início dos sintomas e o estabelecimento do diagnóstico (6). Nas mulheres, o aparecimento dos sintomas ocorre seis anos mais tarde, se comparado aos homens atingidos pela patologia (6).
Muitos pacientes com Fabry são examinados por diversos especialistas antes de chegar a um diagnóstico exato (4). Estima-se que 40% dos pacientes são tratados como portadores de reumatismo, devido às dores causadas pelo acúmulo de Gb3 nas articulações(4).
Os sinais dermatológicos ocorrem em mais de 80% dos pacientes de Fabry na forma de angioqueratomas (“angio” vem de vaso sanguíneo e “queratoma” endurecido ou caloso). Normalmente são mais comuns na região das virilhas e tronco, mas podem surgir em outros locais(4).
A dor é um sintoma precoce, muitas vezes debilitante, observada em cerca de 77% dos portadores de Fabry (2). Normalmente, os pacientes são atingidos por crises de dores torturantes (2) (4). Além disto, outra característica muito observada é a redução do suor(12). Como conseqüência, os pacientes têm uma baixa tolerância ao calor e à prática de exercícios físicos(12).
Os sintomas gastrointestinais ocorrem em até 55% dos pacientes. Os pacientes podem apresentar dores abdominais, distensão, diarréia, intestino preso, falta de apetite, saciedade precoce, náuseas e vômitos(4).
Mais tardiamente, os pacientes que não receberam diagnóstico e tratamento precoces apresentam insuficiência renal crônica, podem sofrer um AVC (acidente vascular cerebral) ou um ataque isquêmico transitório (15), anormalidades na córnea, cristalino, retina e disfunções cardíacas como aumento do ventrículo esquerdo do coração(8).
Genética

Visto que a doença de Fabry é uma doença hereditária, ela é transmitida de uma geração para a próxima de um modo específico. Toda célula do corpo humano possui 46 cromossomos, com exceção do espermatozóide e do óvulo, sendo que 23 cromossomos são derivados do pai e 23 derivados da mãe. Os cromossomos sexuais são chamados de X e Y. O gene da alfa-galactosidase A localiza-se no cromossomo X. Pessoas do sexo feminino têm dois cromossomos X, um herdado de cada progenitor, enquanto que as do sexo masculino têm um cromossomo X que herdaram de suas mães, e um cromossomo Y, herdado de seus pais.
Isso significa que no sexo feminino há dois exemplares do gene da α-Gal A, mas no sexo masculino há somente um exemplar do gene. Veja no quadro abaixo, como a doença de Fabry é transmitida nas famílias.
Como é feito o diagnóstico da doença de Fabry?

Na presença dos sinais e sintomas acima descritos, o médico poderá suspeitar que você possui a doença de Fabry. O diagnóstico conclusivo só poderá ser realizado através da análise de uma amostra de sangue, onde será avaliada a atividade da enzima alfa-galactosidade A (α-Gal A) ou ainda a análise do DNA(15).
Como a doença de Fabry é transmitida pelo DNA, ou seja, é passada de geração em geração, é muito importante que o médico peça para que você o ajude a construir a árvore genealógica da sua família (heredograma), desta maneira será possível avaliar se outros familiares podem ter sido afetados pela doença.
O diagnóstico pré-natal está disponível e pode ser solicitado a critério médico para filhos de pacientes de Fabry (15).
Aconselhamento Genético

A doença de Fabry ocorre em famílias. É importante que toda pessoa do sexo masculino ou feminino com o diagnóstico confirmado da doença de Fabry consulte um médico geneticista para que o mesmo conduza o aconselhamento genético. Isso é particularmente importante para a identificação de novos membros da família que possam ser portadores da doença (13).
Tratamento

Hoje já existe uma terapia específica para a doença de Fabry chamada TRE- Terapia de Reposição Enzimática. Estudos demonstraram que a TRE para Fabry é geralmente bem tolerada e apresenta um efeito benéfico sobre uma ampla gama das manifestações da doença de Fabry(9) (10).
A introdução da terapia de reposição enzimática (TRE) em 2001 representou um marco para o tratamento dos pacientes com a doença de Fabry, visto que até aquele ponto, a única opção terapêutica disponível para os clínicos era a conduta sintomática. A terapia de reposição enzimática é indicada para o tratamento a longo prazo nos pacientes com um diagnóstico confirmado da doença de Fabry(9) (10).

Fonte: sis.saúde

Alimentos calóricos induzem a comportamentos viciadores

Bolos, doces, bacon, cheesecake, entre outros, alteram os centros de prazer do cérebro e causam comportamentos similares ao vício em substâncias psicoativas


Os ratos alimentados com uma dieta altamente calóricas tornaram-se obesos e viciados, similar ao vício em substâncias psicoativas
Alimentos com baixo valor nutritivo e alto nível de ingredientes gordurosos (“junk food”) induzem a comportamentos viciadores em ratos semelhantes à heroína, segundo resultados de um novo estudo. Os centros de prazer cerebrais de ratos viciados em dietas altamente engordativas e calóricas ficaram menos responsivos com o excesso, fazendo os ratos consumirem tais alimentos cada vez mais. Os resultados, apresentados na reunião anual da Sociedade de Neurociência, em 20 de outubro, podem ajudar a explicar as mudanças no cérebro que levam as pessoas a comer demasiadamente.

“Esta é a evidência mais completa que sugere que a obesidade e o hábito em substâncias psicoativas têm fundamentos neurobiológicos comuns”, diz o co-autor do estudo, Paul Johnson, do Instituto de Pesquisa Scripps, em Jupiter.

Para verificar como os alimentos “junk food” afetam o sistema de recompensa do cérebro — a rede de células que liberam substâncias químicas para o bem-estar — Johnson iniciou a pesquisa no supermercado. Ele selecionou alimentos típicos da alimentação ocidental, inclusive linguiça, bolos, doces, bacon e cheesecake. Johnson alimentou os ratos, ou com uma dieta padrão altamente nutritiva, de baixa caloria, ou com quantidades ilimitadas de saborosos alimentos “junk food”. Os ratos que se alimentaram com alimentos “junk food” desenvolveram hábitos de alimentação compulsiva e ficaram obesos. “Eles ingeriram duas vezes mais a quantidade de calorias que os ratos controle”, diz Paul Kenny, também da Scripps e co-autor da pesquisa.

Johnson e Kenny buscaram conhecer se a alimentação excessiva afeta os centros cerebrais de prazer dos ratos, as regiões responsáveis pelo hábito de uso de substâncias psicoativas. Os investigadores usaram excitações elétricas para ativar esses centros de recompensa e induzir ao prazer. Os ratos poderiam controlar a quantidade de excitação para o bem-estar correndo em uma roda — quanto mais que eles correram, mais excitação eles adquiriram. Os ratos alimentados com uma dieta “junk food” correram mais, indicando que eles precisaram de mais excitação cerebral para se sentirem bem.

Depois de cinco dias com uma dieta “junk food”, os ratos mostraram “reduções profundas” na sensibilidade dos centros de prazer de seus cérebros, sugerindo que os animais foram acostumados depressa à comida. Como resultado, os ratos ingeriram mais comida para adquirir a mesma quantidade de prazer. Da mesma maneira que os viciados em heroína requerem cada vez mais a droga para se sentirem bem, os ratos precisaram cada vez mais de alimentos “junk food”. “Eles perderam o controle”, comenta Kenny. “Esta é a marca oficial do vício”.

Para verificar quão forte era o vício em alimentos “junk food”, os investigadores expuseram os ratos ao choque quando ingeriram a alimentação. Os ratos que não foram expostos constantemente a alimentação com altas taxas de gordura deixaram de comer. Mas o choque não perturbou aos ratos acostumados a tais tipos de alimentação — eles continuaram comendo, embora soubessem que o choque ocorreria.

“O que nós temos são características de vício, e esses animais apresentam cada um dessas características”, diz Kenny.

Os déficits nos padrões de recompensa persistiram durante semanas depois que os ratos deixaram de ingerir os alimentos “junk food”, segundo o que os investigadores verificaram. “É muito difícil quebrar esses padrões, é mesmo muito duro voltar para como as coisas eram antes”, comenta Kenny. Quando a alimentação “junk food” foi retirada e os ratos apenas tiveram acesso a comida nutritiva (o que Kenny chama de “opção de salada”), os ratos obesos recusaram-se a comer. “Eles sentiram fome, posteriormente, durante duas semanas”, diz Kenny. “As preferências dietéticas deles foram alteradas dramaticamente”.

Os cientistas estão interessados em determinar o efeito em longo prazo da alteração do sistema de recompensa. “A resposta à alimentação pode ser alterada permanentemente com uma dieta dessa natureza”, diz Ralph DiLeone, especialista em obesidade, da Escola de Medicina da Universidade de Yale.


Fonte:sis.saúde

O que o uso do salto alto faz no seu corpo

Recente pesquisa investiga as consequências causadas pelo uso contínuo desse modelo de sapato



As mais vaidosas justificam seu uso como um sacrifício pela beleza, já que apesar da dor, ninguém resiste a um belo par de saltos altos. Muitas mulheres dizem que depois de tanto tempo usando, o corpo se acostuma e já não sentem mais dor. Porém o costume é o grande vilão da história.
O uso frequente de sapatos de salto provoca o encurtamento nos músculos da parte de trás da perna, além de danos na coluna (aumentam as chances de se desenvolver quadros de lordose lombar), dores nos joelhos, além de calosidades, joanetes e unhas encravadas, no caso de sapatos de bico fino.
Se esses problemas ocorrem com adultos, imagine em crianças ou adolescentes que usam esse modelo durante um período em que o corpo ainda está moldando a postura. A professora do curso de Fisioterapia da PUC - Minas Gerais, Patrícia Pezzan, analisou 100 jovens entre 13 e 20 anos, 50 usuárias de salto e 50 não. É importante ressaltar que para ser considerada usuária de salto, a mulher deve utilizá-los por mais de três vezes por semana e a mais de 4h consecutivas.
Patrícia concluiu que quanto mais precoce se inicia o uso desse tipo de calçado, maior é a chance do desenvolvimento de sérios problemas na coluna, na rotação do osso da pelve (a garota fica com o bumbum mais empinado), além da aproximação dos joelhos e afastamento dos pés, o que deixa as pernas no formato de um "X".
"O uso de qualquer salto alto por muitas horas seguidas, e muitas vezes na semana, pode trazer problemas em qualquer idade", explica a fisioterapeuta. Porém, quanto mais nova for à menina, mais problemas ela terá no futuro, pois o uso desse tipo de calçado durante a fase de crescimento ósseo pode causar alterações na postura e na marcha. "Essas alterações, a longo prazo, podem gerar dores, desequilíbrio muscular, estresse articular e até degeneração nas articulações", ressalta Patrícia.
Então devemos jogar todas as sandálias e sapatos de salto alto fora? A fisioterapeuta diz que não. "A mulher pode, sim, usar saltos, desde que esses não sejam os seus sapatos do dia a dia. O melhor é intercalar: naqueles dias em que não for andar muito, o salto está liberado, porém, quando o dia for muito agitado, opte por um tênis", sugere.
Fonte: sis.saúde