sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Herpes Simplex Labial ou gengivoestomatite herpética


Herpes Simplex Labial ou gengivoestomatite herpética
A principal forma de expressão do vírus herpes simplex (HSV-1) é a gengivoestomatite herpética. O herpes labial é caracterizado por surgimento de úlceras orais ou labiais dolorosas e recorrentes de tamanho aproximado de 2 a 8mm em 80% dos casos. Geralmente as lesões cicatrizam em até 14 dias, quando não tratadas. A infecção oral pelo herpes simplex tipo 2 também pode ocorrer. A primeira infecção pelo vírus costuma ser a mais exuberante e, após o paciente infectado, não é mais possível atingir a cura, apenas tratamento. Existe ainda a possibilidade do HSV fazer úlceras maiores (>1 cm), mas isso é mais raro, são mais dolorosas e mais duradouras (várias semanas) e geralmente no dorso da língua e pálato duro (periadenite necrótica recorrente). 
Herpes Simplex Genital
O vírus genital do herpes simplex (HSV-2) é uma das doenças sexualmente transmissíveis (DST) mais comuns no mundo. A transmissão desses vírus (HSV-1 & HSV-2) não é exclusiva pela via sexual, podendo ocorrer também durante o parto vaginal. O herpes genital é uma DST crônica, não apresenta cura, apenas tratamento. Ambos os vírus da herpes (HSV-1 & HSV-2) podem causar a doença e permanecem latentes nos feixes nervosos sacrais. Uma vez atingida a fase latente o vírus fica albergado nos feixes nervosos e nem a resposta imune do hospedeiro ou os agentes antivirais são capazes de erradica-lo.
O tratamento com antivirais sistêmicos resulta em significante melhora dos sintomas da doença e, apesar do aciclovir ser o agente mais utilizado na última década, outros novos e potentes antivirais estão disponíveis no mercado, na maioria, com posologia mais conveniente. 
Primeiro episódio de herpes genital
O primeiro episódio ocorre após o contágio com o vírus, em média, o tempo de incubação é de 7 dias (podendo variar de 1 a 26 dias após o contágio). A doença pode ser assintomática  tanto no primeiro episódio quanto na herpes genital recorrente. Para aqueles pacientes que possuem sintomas o primeiro episódio de herpes genital costuma ser mais exuberante. O tratamento, quando necessário, também é diferenciado.
Herpes genital recorrente
O herpes genital recorrente é aquele que ocorre por reativação do vírus incubado, pode ser assintomático ou sintomático. Naqueles sintomáticos as lesões bastantes dolorosas -tipo pequenas "bolhas"- acometem a região genital. Nessa revista médica CID 1999;28 (Suppl 1) Genital Herpes Therapies diversas terapias, tanto para previnir o herpes quanto para o tratamento, foram testadas. Segundo a publicação, na terapia supressora do herpes genital a dosagem recomendada de famciclovir é maior que aquela usada para o tratamento dos episódios recorrentes.
Herpes genital e outras Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST)
As úlceras genitais sintomáticas decorrentes da infecção pelo herpes genital causam inflamação local, rompimento da integridade da mucosa e provavelmente o aumento seletivo de linfócitos TCD4+, fazendo com que essas lesões sejam portas facilitadoras de entrada do vírus do HIV/Aids assim como outras DST.
Referências:
# CDC - Centers for Disease Control and Prevention
# Herpes Genital DST - J bras Doenças Sex Transm 2010; 22(2): 64-72
Wald A, Link K. Risk of human immunodeficiency virus infection in herpes simplex virus type 2-seropositive persons: a meta-analysis. J Infect  Dis 2002; 185:45-52. 
# Celum C, Levine R, Weaver M, Wald A. Genital herpes and human immunodeficiency virus: double trouble. Bull World Health Organ 2004; 82:447-53.
Crispian Scully. N Engl J Med 355;2 www.nejm.org july 13, 2006
Fotos:

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Dr Renato Cassol


Médico Infectologista 
O médico infectologista se dedica a prevenção, diagnóstico e tratamento das doenças infecciosas e parasitárias. Entre as doenças mais comuns do atendimento desta especialidade está o HIV/Aids, DST (doenças sexualmente transmissíveis ou doenças venéreas), infecções virais, fúngicas e bacterianas (como pneumonias, infecções de pele, osteomielites, influenza, entre outras).
 Dr Renato Cassol possui graduação em Medicina pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (1997-2002), residência médica em Doenças Infecciosas e Parasitárias no HNSC (2004-2006), curso credenciado pela Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM), órgão sediado no MEC - www.ghc.com.br. MBA Gestão em Saúde e Controle de Infecção pela FAMESP em 2011 e 2012 - www.ccih.med.br.
 Atualmente é coordenador do controle de infecção hospitalar do Hospital Nossa Senhora da Conceição e médico infectologista na Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre. Tem experiência na área de medicina com ênfase em infectologia, atuando principalmente nos seguintes temas: controle de infecção hospitalar, infectologia clínica, HIV, terapia intensiva, antimicrobianos, infecções bacterianas e fúngicas e resistência bacteriana.


Convívio entre crianças e animais de estimação é benéfico, mas deve ser moderado


Cuidados devem ser observados para que relação com pets seja positiva 


Ter um animal de estimação em casa pode contribuir para o desenvolvimento emocional e social das crianças. No entanto, esse convívio somente torna-se benéfico somente à medida que os pequenos crescem. No caso de bebês, por exemplo, a aproximação direta não é recomendada.
- Crianças muito pequenas podem não saber diferenciar um brinquedo de um animal de "verdade". Elas podem apertar, pisar e bater no bichinho, causando machucados, ou até levá-lo a uma reação agressiva. Portanto, é fundamental a presença de um adulto para supervisionar as brincadeiras - afirma a presidente do Comitê de Pediatria Ambulatorial e Aleitamento Materno da Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul, Roseli Kripka.
Segundo a pediatra, é adequado restringir a circulação do animal a alguns locais da casa, assim como não permitir que eles subam em sofás e durmam na cama com as crianças. Também é fundamental manter a vacinação e desverminação do pet em dia, pois as crianças tendem a levar a mão à boca, o que pode levá-las a contrair doenças transmitidas pelos bichinhos.
Roseli Kripka alerta que, antes de escolher o animal de estimação, os pais devem conversar com um veterinário. A medida é importante para adequá-lo ao espaço físico e modo de vida da família.

Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul

A Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul foi fundada em 25 de junho de 1936 com o nome de Sociedade de Pediatria e Puericultura do Rio Grande do Sul pelo Prof. Raul Moreira e um grupo de médicos precursores da formação pediátrica no Estado. A entidade cresceu e se desenvolveu com o espírito de seus idealizadores, que, preocupados com os avanços da área médica e da própria especialidade, uniram esforços na construção de uma entidade que congregasse os colegas que a cada ano se multiplicavam no atendimento específico da população infantil. Atualmente conta com cerca de 1.750 sócios, e se constitui em orgulho para a classe médica brasileira e, em especial, para a família pediátrica. 

Fonte: SIS Saúde 

Atividade física e infertilidade


A exposição midiática retumbante de competições onde a força física e pesados exercícios são requeridos suscita questões sobre eventuais prejuízos que homens jovens poderão exibir quando tiverem interesse em gerar seus filhos. Na vigência de tais eventos, como Olimpíadas, respondemos a dezenas de questões, onde há questionamento de familiares sobre a prática de exercícios mais competitivos do que pró-lazer, desde a mais terna idade.
Escassos são os dados na literatura moderna, demonstrando taxativamente os efeitos deletérios do exercício sobre a reprodução masculina. É tácito, entretanto, que homens não obesos e exercitando-se regularmente são menos candidatos à infertilidade. O exercício físico regular e que acompanha adequadamente a faixa etária promove saúde, bem-estar, diminui angústia, induz o sono restaurador. Entretanto, há suficiente evidência de que o abandono do exercício de alto impacto promove melhora na espermatogênese, facilitando a gravidez.
Há controvérsia e carência de dados específicos sobre os limites a partir dos quais iniciam as alterações físicas que repercutirão na obtenção de espermatozóides saudáveis o suficiente para o sucesso na obtenção da gravidez espontânea. As variações no ser humano são tamanhas que o impacto em alguns é ínfimo e, em outros, altamente comprometedor.
Uma clássica referência é do homem que pratica ciclismo cerca de 300 quilômetros por semana. Inquestionavelmente, exibe significativa diminuição da fertilidade consecutiva ao aumento das formas anormais espermáticas. Da mesma maneira, a forma dos espermatozóides de um grupo de triatletas era mais comprometida do que a de praticantes de pólo aquático.
O comprometimento da fertilidade masculina relaciona-se com a intensidade do exercício (de moderado a alto), o período de tempo em que a pessoa é praticante e a faixa etária desse indivíduo. Além do mais, exacerba-se o quadro quando há disputa competitiva com exaustão, com estresse. Já o exercício recreacional é menos nocivo.
Na maioria das circunstâncias, os danos produzidos pelo exercício contumaz de alta intensidade são reversíveis. O exercício moderado é saudável e conveniente para o ser humano. Mas convém lembrar que, quanto maior a intensidade da prática desportiva, quanto mais jovem tenha iniciado e mantido por longos anos, mais difícil o sucesso na gravidez espontânea.

Dr. Claudio Telöken é médico urologista do Fertilitat – Centro de Medicina Reprodutiva 


Fonte: SIS Saúde