terça-feira, 10 de novembro de 2009

Caminhada: onde praticar

O local escolhido para bater pernas pode potencializar alguns ganhos do exercício

Qualquer um pode praticar a caminhada, mas o local escolhido para bater pernas pode potencializar alguns ganhos do mais democrático dos exercícios.

Emagrecer, tonificar os músculos, aumentar a eficiência do sistema imunológico, diminuir o estresse, ficar longe da depressão... — ufa! E olhe que essa lista de benefícios proporcionados pela caminhada, apesar de longa, nem está completa. Para ganhar esse pacote de vantagens, pessoas de todas as idades e com diferentes graus de condicionamento físico precisam apenas calçar um tênis e colocar as pernas para trabalhar. Simples assim? Nem tanto. Não basta andar a esmo por aí. O exercício precisa ser praticado três vezes por semana, durante 30 minutos, no mínimo. E por onde você anda também conta bastante (veja os quadros ao longo desta reportagem). Para começo de conversa, o local escolhido para caminhar pode favorecer ou não o número de passadas. Um estudo realizado na Universidade de San Diego, nos Estados Unidos, revela que, para manter a saúde do coração em dia, é preciso conseguir a marca de 100 passos por minuto, em média.

Na rua

As calçadas estão ao alcance de todos. Veja quais são os pontos de atenção antes de caminhar por elas:

Os obstáculos

Calçadas quebradas e raízes de árvores são um perigo, sobretudo para quem já tem mais idade. Além disso, a necessidade de desviar de outras pessoas e de parar na hora de atravessar a rua atrapalha a continuidade do exercício e exige muito mais atenção. Mesmo assim — aliás, ironicamente por causa disso tudo —, há uma vantagem em caminhar na rua. “A multilateralidade é mais estimulada”, diz o fisiologista do exercício Paulo Roberto Correia, da Universidade Federal de São Paulo. Ou seja, a pessoa melhora a noção do espaço olhando para todos os lados, não só para a linha do horizonte.

Onde há fumaça...

tem prejuízo para a saúde. Caminhar em vias poluídas é tão prejudicial quanto ficar parado no trânsito respirando a fumaceira dos escapamentos. Durante a prática da caminhada, entra mais ar nos pulmões. Tudo bem que, entre um passo aqui e acolá, a expiração aumenta na mesma medida. De qualquer forma, o ideal mesmo é evitar ficar exposto à poluição — o que, com o tempo, pode levar a um comprometimento pulmonar semelhante ao de um fumante.

Na esteira “Uma das vantagens desse equipamento é o fato de muitos deles terem amortecimento, atenuando o impacto sobre as articulações”, afirma o especialista em cardiologia e medicina do esporte José Kawazoe Lazzoli, presidente da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte. Além disso, é possível caminhar na esteira mesmo que esteja caindo uma tempestade lá fora. A desvatangem é que a caminhada ali tende a ser mais monótona. Assistir a televisão ou ler durante o treino ajuda. “Só que, então, é preciso ter ainda mais cuidado com a postura e não tirar o foco de vez do exercício”, alerta o ortopedista Ricardo Cury, da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo.

Para cima e para baixo

As subidas e descidas ao longo do trajeto somam muitos pontos a seu favor. “Andar um minuto no plano consome 8 calorias, enquanto em uma ladeira 11 são detonadas”, compara o médico Fabio Ravaglia, presidente do Instituto Ortopedia e Saúde, em São Paulo. Um dos motivos dessa queima calórica é que caminhar em terreno íngreme coloca os músculos das pernas, dos glúteos, do abdômen e da lombar para trabalhar com maior intensidade. Bom por um lado. Mas não podemos nos esquecer de que, por isso mesmo, quem tem problemas nas costas ou nos joelhos deve consultar um médico.

10 mil

É o número de passos que uma pessoa deve dar por dia para não ser considerada sedentária. E claro: quanto maior o número de passadas, melhor. Uma boa maneira de saber a quantas você caminha é usar um pedômetro.

Fonte: sis.saúde

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