segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Obesidade da mãe é fator de risco importante para transtornos do metabolismo na criança

O IMC da mãe antes da gravidez é o fator preditor mais forte de obesidade na infância


O índice de massa corporal (IMC) – medida do peso em relação à altura – da mãe antes da gravidez, independente do estado glicêmico materno ou do peso de nascimento, é o fator preditor mais forte de obesidade na infância, segundo estudo publicado este mês no American Journal of Clinical Nutrition.
Pesquisadores de Cleveland, nos Estados Unidos, avaliaram os fatores de risco durante a gravidez associados com a obesidade futura de seus filhos através de um estudo prospectivo que envolveu 89 mulheres com tolerância normal à glicose ou diabetes melitus gestacional, e seus bebês, que foram acompanhados por cerca de oito anos. Ao nascimento, foram obtidos os dados obstétricos, as medidas antropométricas dos pais e a composição corporal neonatal; e, durante o acompanhamento, foram realizados testes laboratoriais e uma análise da dieta e das atividades físicas.
As análises mostraram que o preditor mais forte, durante a gravidez, para uma criança no maior tercil de peso foi um IMC materno antes da gravidez maior que 30 (OR 3,75) e para o percentual de gordura corporal foi também um IMC materno maior que 30 antes da gravidez (OR 5,45). Porém, não foram encontradas diferenças significativas entre a filhos de mães com tolerância normal à glicose ou diabetes melitus gestacional em relação à composição corporal e à maioria das variáveis metabólicas avaliadas.
Segundo os autores, as crianças mais pesadas tiveram maior ingestão calórica (p=0,02), maiores dobras cutâneas (p=0,0001) e maiores concentrações de leptina (p<0,0001) – hormônio associado à obesidade. Aquelas com maior percentual de gordura corporal tiveram maior circunferência abdominal (p=0,0001), maior resistência insulínica (p=0,002) e maiores concentrações de triglicerídeos (p=0,009) e leptina (p=0,0001). E a correlação entre a gordura corporal ao nascimento e ao longo do acompanhamento foi r=0,29 (p=0,02).
Fonte: Am J Clin Nutr. Volume 90, Number 5, Nov 2009. Pages 1303-1313

Fonte: sis.saúde

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